Neste momento de campanha nada melhor que aproveitar a colaboração dos amigos para socializar informações que possam refletir a atuação crítica e cidadã de cada eleitor.
"Ir ao supermercado é fazer política. É fazer escolhas. É dizer que tipo de
produção de alimentos queremos e que tipo de empregos queremos financiar. O ato
de escolher e comprar o que se vai consumir pode ser silencioso, mas é muito
poderoso."
O supermercado é político (Samantha Buglione - Jurista e professora/ buglione@antigona.org.br )
Falar que o "supermercado é político" é dizer que o mais privado dos atos, o de buscar alimento e garantir necessidades primárias, não se encerra na hora de pagar a conta. A escolha do produto até pode se dar por razões econômicas, busca de qualidade ou, ainda, ideologia. Contudo, ao escolher um produto também se escolhe, querendo ou não, uma forma de produção, um tipo de relação de trabalho, um determinado impacto ambiental. Em suma, comprar algo é trazer para casa, além do produto, a sua cadeia de fabricação e as conseqüências. Ignorar esses fatores é se proteger de dois elementos do conhecimento: liberdade e responsabilidade.
Dados de recentes pesquisas demonstraram que produtos orgânicos possuem mais
nutrientes que os alimentos da produção linear. Ou seja, não é apenas uma
questão de quantidade, mas de qualidade. Pode até ser que a agricultura
orgânica não produza tanto quanto a linear, mas alimenta mais. O artigo
"Comparação da qualidade nutricional de frutas, hortaliças e grãos
orgânicos e convencionais" , publicado no "Jornal de Medicina
Alternativa" , relata que produtos orgânicos, em média, contêm 29,3% mais
magnésio, 27% mais vitamina C, 21% mais ferro, 26% mais cálcio, 11% mais cobre,
42% mais manganês, 9% mais potássio e 15% menos nitratos. Indo mais além,
conforme relatório do "Environmental Group", atualmente, ao completar
um ano de vida uma criança já recebeu, por conta do consumo de alimentos
convencionais, a dosagem máxima aceitável pela Organização Mundial de Saúde de
oito pesticidas altamente carcinogênicos (cancerígenos) para uma vida inteira.
Além das questões nutricionais, alimentos orgânicos e de agricultura familiar
contribuem para a empregabilidade no campo. O que evita o êxodo rural, e, por
conseqüência, o aumento de favelas em centros urbanos.
Um outro dado importante é que quem produz alimento para o brasileiro não é a
produção convencional ou linear ou o agronegócio, mas a agricultura familiar e
orgânica. Mais da metade do feijão vem da produção familiar; no caso do arroz,
mais de um terço; e, da mandioca, 90%. Essas são algumas informações que
demonstram a importância do setor na economia brasileira, um setor responsável
por uma média de 10% do produto interno bruto (PIB) nacional, conforme dados da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
E, mais, o que realmente alimenta é a produção de grãos, vegetais e hortaliças.
A carne de suínos, aves e bovinos não é o alimento mais completo em nutrientes
ou que vai estar na mesa de todos os brasileiros. O Brasil é campeão de
exportações.
(...)
Desde 2005, no Brasil, há mais bois e vacas que homens e mulheres, 200
milhões de bovinos ocupam um espaço três vezes maior do que toda a área
cultivada no País e consomem quatro vezes mais água.
Se for uma questão de aumento da riqueza nacional e de estratégia para matar a
fome dos brasileiros, a nossa matemática não está bem certa. Afinal, o
agronegócio nem emprega tanta gente assim e os custos ambientais com a poluição
de rios, solo, mananciais e emissão de metano são revertidos ou para o preço
final do produto ou para o Estado, que terá mais gastos com saúde e políticas
para despoluição. Aí, quem paga a conta somos todos nós, querendo ou não,
sabendo ou não.
Foi-se o tempo em que comprar mandioquinha, feijão ou ovos era só comprar
mandioquinha, feijão ou ovos. Quando se leva ovo para casa, o da produção
convencional, se está chancelando, incentivando e financiando um processo que
trata animais como coisa; que ignora que sentem dor e que possuem uma forma
própria de viver a vida. Além de fazê-los viver de forma confinada e sendo
alimentados com uma ração que contêm tantos aditivos que os transformam mais em
uma pasta química do que em um ser vivo.
Nem o peitinho de frango se salva.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
A diferença entre ensino e educação
Ontem, dia 21/07/2010 foi feita a entrevista com a candidata à presidência da república. Foram feitas várias perguntas inclusive sobre a educação brasileira. Preocupa-me com a falta de cuidado na utilização dos termos EDUCAÇÃO e ENSINO.
Para o conhecimento, e o fazer, na educação e no ensino é de suma importância o total domínio e compreensão dos fundamentos educacionais.
Abaixo trago um texto que ajuda ilustrar a diferença.
Por fim, FUNDEB, significa senhora candidata, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação .
RELEASES | NEWS
17/10/2006
A diferença entre ensino e educação
Albino Spohr/ Educador
Para a maioria dos que publicam suas idéias, não há diferença entre ensino e educação. Para essa maioria, quem ensina educa e quem educa ensina, como se esses termos fossem sinônimos. Em realidade, ensinar significa instruir, e educar significa criar bons hábitos ou um bom caráter de conduta.
O ensino, que é instrução, se dirige ao intelecto e o enriquece. A educação visa aos sentimentos e os põe sob o controle da vontade. Assim, pode-se adquirir um ótimo caráter de conduta com pouca instrução, o que já permite viver feliz. Por outro lado, pode ser cultivado, sem nenhuma educação, um péssimo caráter de conduta, que será tanto pior quanto mais instrução houver - é aqui que se enquadram todos os corruptos e grandes golpistas que tiveram muito ensino e pouca educação, e que nunca serão realmente felizes.
Infelizmente, em toda a civilização ocidental, com raras exceções, os professores se limitam a passar o programa de sua matéria sem falar no valor dos bons hábitos e, se há problema de conduta, este é transferido para a direção ou para o setor pedagógico, que se limitam a advertências e informações.
São realmente poucos os que sabem que educação não se faz com simples informações, mas com motivações contínuas que visem despertar os bons sentimentos, que são, especialmente, o amor, porque todos os outros sentimentos são dele derivados. Acentua-se o amor pelo bom conceito entre colegas e em todo ambiente vivencial, junto com o amor pelo estudo.
Para tornar mais fácil a compreensão da importância do amor, darei algumas definições mínimas dele mesmo e de seus derivados: Como na finalidade de todas as nossas ações, sempre temos o preenchimento de uma necessidade ou falta, e como, para este preenchimento, a natureza nos alicia com prazeres, o amor surge em função desses prazeres.
Podemos, então, dizer que o amor é um laço afetivo que liga o sujeito, que ama, ao objeto amado; e o amor será tanto maior quanto maior for o prazer que lhe deu, ou promete dar-lhe origem. Ira é o sentimento que se forma quando alguém ofende ou agride um objeto por nós amado. Ódio resulta de mais repetições das causas da ira.
Rancor é o extremo do ódio, quando desaparece qualquer raciocínio. Saudade só experimenta quem tem um objeto amado ausente. Etc. Como a educação é do que mais precisamos e como ela é confundida com o ensino, não podemos deixar de colocá-la ao alcance de todos; para tanto, temos que simplificá-la e facilitá-la, o que se resume nestas poucas palavras: educar não é ralhar nem punir e nem exigir sacrifícios.
Educar é despertar amores por tudo de bom que podemos construir. Educar é convencer (não vencer) o educando de que ele nasceu para ser feliz, o que ele só conseguirá se ele aprender a viver bem, com alegria, e amor pelo que é bom, sem prejudicar e sem desrespeitar a ninguém.
Zero Hora, Porto Alegre RS
Fonte: http://www.sersel.com.br/imprensa_releases_17.asp
Para o conhecimento, e o fazer, na educação e no ensino é de suma importância o total domínio e compreensão dos fundamentos educacionais.
Abaixo trago um texto que ajuda ilustrar a diferença.
Por fim, FUNDEB, significa senhora candidata, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação .
RELEASES | NEWS
17/10/2006
A diferença entre ensino e educação
Albino Spohr/ Educador
Para a maioria dos que publicam suas idéias, não há diferença entre ensino e educação. Para essa maioria, quem ensina educa e quem educa ensina, como se esses termos fossem sinônimos. Em realidade, ensinar significa instruir, e educar significa criar bons hábitos ou um bom caráter de conduta.
O ensino, que é instrução, se dirige ao intelecto e o enriquece. A educação visa aos sentimentos e os põe sob o controle da vontade. Assim, pode-se adquirir um ótimo caráter de conduta com pouca instrução, o que já permite viver feliz. Por outro lado, pode ser cultivado, sem nenhuma educação, um péssimo caráter de conduta, que será tanto pior quanto mais instrução houver - é aqui que se enquadram todos os corruptos e grandes golpistas que tiveram muito ensino e pouca educação, e que nunca serão realmente felizes.
Infelizmente, em toda a civilização ocidental, com raras exceções, os professores se limitam a passar o programa de sua matéria sem falar no valor dos bons hábitos e, se há problema de conduta, este é transferido para a direção ou para o setor pedagógico, que se limitam a advertências e informações.
São realmente poucos os que sabem que educação não se faz com simples informações, mas com motivações contínuas que visem despertar os bons sentimentos, que são, especialmente, o amor, porque todos os outros sentimentos são dele derivados. Acentua-se o amor pelo bom conceito entre colegas e em todo ambiente vivencial, junto com o amor pelo estudo.
Para tornar mais fácil a compreensão da importância do amor, darei algumas definições mínimas dele mesmo e de seus derivados: Como na finalidade de todas as nossas ações, sempre temos o preenchimento de uma necessidade ou falta, e como, para este preenchimento, a natureza nos alicia com prazeres, o amor surge em função desses prazeres.
Podemos, então, dizer que o amor é um laço afetivo que liga o sujeito, que ama, ao objeto amado; e o amor será tanto maior quanto maior for o prazer que lhe deu, ou promete dar-lhe origem. Ira é o sentimento que se forma quando alguém ofende ou agride um objeto por nós amado. Ódio resulta de mais repetições das causas da ira.
Rancor é o extremo do ódio, quando desaparece qualquer raciocínio. Saudade só experimenta quem tem um objeto amado ausente. Etc. Como a educação é do que mais precisamos e como ela é confundida com o ensino, não podemos deixar de colocá-la ao alcance de todos; para tanto, temos que simplificá-la e facilitá-la, o que se resume nestas poucas palavras: educar não é ralhar nem punir e nem exigir sacrifícios.
Educar é despertar amores por tudo de bom que podemos construir. Educar é convencer (não vencer) o educando de que ele nasceu para ser feliz, o que ele só conseguirá se ele aprender a viver bem, com alegria, e amor pelo que é bom, sem prejudicar e sem desrespeitar a ninguém.
Zero Hora, Porto Alegre RS
Fonte: http://www.sersel.com.br/imprensa_releases_17.asp
terça-feira, 20 de julho de 2010
Senado aprova texto que vincula aumento de professores também ao INPC Reajuste também leva em consideração o Fundeb, prevalecendo o maior índice preva
Larissa Leite - CORREIO BRAZILIENSE
Publicação: 20/07/2010 07:00 Atualização: 20/07/2010 08:14
Os professores da educação básica têm motivos para comemorar durante o recesso escolar. Enquanto o semestre letivo terminava, uma reivindicação histórica da categoria entrava na pauta do Congresso Nacional: o aumento salarial. Em 7 de julho, o Senado aprovou substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 321/09 reafirmando o compromisso com o reajuste dos vencimentos da classe que, desta vez pode ser acima da inflação. Aprovado no Senado, o projeto agora volta à Câmara.
A matéria prevê que a atualização anual do piso dos professores deve levar em consideração tanto o crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) quanto do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação. Na prática, o reajuste deve ser feito pelo Fundeb, mas não pode ser menor do que o índice da inflação.
O substitutivo é uma resposta a projeto enviado pelo governo, que pretendia considerar o reajuste dos professores apenas pelo INPC — tradicionalmente menor do que o crescimento do Fundeb. Em 2009, por exemplo, a elevação do INPC ficou em 4,11%, enquanto a variação do Fundeb, de 2008 para o ano passado, foi de 4,69%. Na prática, o PLC nº 321/09 altera a Lei do Piso (nº 11.738/08), que criou e determinou o pagamento de um salário mínimo nacional para os profissionais de educação básica. De acordo com o Ministério da Educação — com base em consulta feita à Advocacia-Geral da União (AGU) —, o piso atual dos professores que trabalham 40 horas semanais é de R$ 1.024. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende o valor de R$ 1.312,85.
O presidente da CNTE, Roberto Leão, considerou a aprovação do texto no Senado um passo adiante na conquista de melhorias para a carreira de professor da educação básica. “Conseguimos união e um acordo com o próprio governo para alterar o projeto que veio do Executivo, que cedeu a uma pressão enorme dos estados”, afirma Leão. Ele ainda criticou os chefes do Executivo estadual que tentaram sensibilizar o Palácio do Planalto argumentando que um reajuste salarial dos professores baseado no Fundeb iria desestabilizar as contas públicas. “Os governadores fazem pressão tanto no que diz respeito à política de reajuste quanto no valor do próprio piso. É uma vergonha governadores e prefeitos acharem que pagar mais de R$ 1 mil para um professor, para uma pessoa que vai alfabetizar, é muito. É preciso que eles digam que escola eles querem”, completa.
Questionamento
Cinco estados brasileiros — Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará — questionaram a constitucionalidade da Lei do Piso por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), o que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a flexibilizar a norma. O STF julgou a lei constitucional, mas concedeu liminar a dois dos pedidos dos governadores e, portanto, ainda cabe julgar o mérito sobre as questões da vinculação do piso aos vencimentos iniciais de carreira e sobre a destinação de um terço da carga horária dos professores para atividades fora de sala de aula.
“Com a liminar, os governadores podem considerar que o piso corresponde ao conjunto da remuneração do professor, incluindo gratificações e complementos. O resultado é que os estados não efetivaram o piso, esperando a decisão do Supremo, que precisa se manifestar”, diz Leão.
Leia na íntegra o projeto aprovado pelo Senado
DF considerado exceção
De acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), além de Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará, pelo menos outros seis estados não pagavam o piso nacional até setembro do ano passado. A pesquisa apontou que, de todas as unidades da Federação, Santa Catarina oferecia o pior vencimento básico: R$ 534,46 para profissionais com escolaridade de nível médio. O maior vencimento é dos docentes do Distrito Federal, que, na ocasião do levantamento, pagava um vencimento básico inicial de R$ 1.384,29 — reajustado para R$ 1.599,43 este ano.
Apesar de não ter integrado a lista de estados que questionaram a Lei do Piso, Goiás também oferecia um vencimento básico abaixo do piso em 2009: R$ 715,68 para o professor sem graduação. Em alguns municípios do estado, o salário base era ainda menor. É o caso de Cabeceiras, com cerca de 7 mil habitantes, localizada no Entorno do DF. A professora Ana Ribeiro de Brito Silva dá aulas na Secretaria Municipal de Educação há 28 anos e se prepara para a aposentadoria. Aos 47 anos, ela recebe um vencimento básico de R$ 589,73. Com complementos e gratificações, o salário líquido chega a R$ 1.421,70. Sem plano de carreira, a docente, que em outrubro conclui a faculdade de pedagogia, recebe praticamente o mesmo do que uma funcionária recém-contratada.
“Sou a funcionária mais antiga da secretaria. Quando comecei a carreira, as classes eram em um espaço que nem era escola. A estrutura era muito precária, dávamos aulas da 1ª a 4ª série de uma vez só e os alunos tinham que dividir o quadro negro. E ainda parávamos a aula no meio para fazer a comida para os estudantes. Tudo era esquentado em cima da pedra, porque nem fogão a lenha existia para nós”, lembra.
Formado em geografia, Sérgio Fernandes dos Santos, 34 anos, é professor em Cabeceiras há 15 anos. Ele recebe um vencimento básico de R$ 778,17 e um salário líquido de R$ 1.279. E também reclama do vencimento. “O dinheiro só dá para o básico e fico quase sempre no vermelho. Não posso nem pensar em viajar com a família nas minhas férias”, diz. Sérgio, que sustenta a esposa e dois filhos, ainda paga R$ 150 mensais para uma pós-graduação.
Projeto
O secretário de Educação de Cabeceiras, Gabriel Félix da Silva, informa que o órgão encaminhará em agosto projeto de lei à Câmara Municipal para adequar os vencimentos dos professores ao piso nacional. “Consideramos as gratificações para chegar ao piso nacional. Mas queremos vincular o piso ao vencimento e criar o plano de carreira do município”, afirma. Segundo o secretário, o objetivo do projeto é incrementar em pelo menos 15% o salário de professores.
Publicação: 20/07/2010 07:00 Atualização: 20/07/2010 08:14
Os professores da educação básica têm motivos para comemorar durante o recesso escolar. Enquanto o semestre letivo terminava, uma reivindicação histórica da categoria entrava na pauta do Congresso Nacional: o aumento salarial. Em 7 de julho, o Senado aprovou substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 321/09 reafirmando o compromisso com o reajuste dos vencimentos da classe que, desta vez pode ser acima da inflação. Aprovado no Senado, o projeto agora volta à Câmara.
A matéria prevê que a atualização anual do piso dos professores deve levar em consideração tanto o crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb) quanto do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação. Na prática, o reajuste deve ser feito pelo Fundeb, mas não pode ser menor do que o índice da inflação.
O substitutivo é uma resposta a projeto enviado pelo governo, que pretendia considerar o reajuste dos professores apenas pelo INPC — tradicionalmente menor do que o crescimento do Fundeb. Em 2009, por exemplo, a elevação do INPC ficou em 4,11%, enquanto a variação do Fundeb, de 2008 para o ano passado, foi de 4,69%. Na prática, o PLC nº 321/09 altera a Lei do Piso (nº 11.738/08), que criou e determinou o pagamento de um salário mínimo nacional para os profissionais de educação básica. De acordo com o Ministério da Educação — com base em consulta feita à Advocacia-Geral da União (AGU) —, o piso atual dos professores que trabalham 40 horas semanais é de R$ 1.024. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende o valor de R$ 1.312,85.
O presidente da CNTE, Roberto Leão, considerou a aprovação do texto no Senado um passo adiante na conquista de melhorias para a carreira de professor da educação básica. “Conseguimos união e um acordo com o próprio governo para alterar o projeto que veio do Executivo, que cedeu a uma pressão enorme dos estados”, afirma Leão. Ele ainda criticou os chefes do Executivo estadual que tentaram sensibilizar o Palácio do Planalto argumentando que um reajuste salarial dos professores baseado no Fundeb iria desestabilizar as contas públicas. “Os governadores fazem pressão tanto no que diz respeito à política de reajuste quanto no valor do próprio piso. É uma vergonha governadores e prefeitos acharem que pagar mais de R$ 1 mil para um professor, para uma pessoa que vai alfabetizar, é muito. É preciso que eles digam que escola eles querem”, completa.
Questionamento
Cinco estados brasileiros — Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará — questionaram a constitucionalidade da Lei do Piso por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), o que levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a flexibilizar a norma. O STF julgou a lei constitucional, mas concedeu liminar a dois dos pedidos dos governadores e, portanto, ainda cabe julgar o mérito sobre as questões da vinculação do piso aos vencimentos iniciais de carreira e sobre a destinação de um terço da carga horária dos professores para atividades fora de sala de aula.
“Com a liminar, os governadores podem considerar que o piso corresponde ao conjunto da remuneração do professor, incluindo gratificações e complementos. O resultado é que os estados não efetivaram o piso, esperando a decisão do Supremo, que precisa se manifestar”, diz Leão.
Leia na íntegra o projeto aprovado pelo Senado
DF considerado exceção
De acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), além de Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará, pelo menos outros seis estados não pagavam o piso nacional até setembro do ano passado. A pesquisa apontou que, de todas as unidades da Federação, Santa Catarina oferecia o pior vencimento básico: R$ 534,46 para profissionais com escolaridade de nível médio. O maior vencimento é dos docentes do Distrito Federal, que, na ocasião do levantamento, pagava um vencimento básico inicial de R$ 1.384,29 — reajustado para R$ 1.599,43 este ano.
Apesar de não ter integrado a lista de estados que questionaram a Lei do Piso, Goiás também oferecia um vencimento básico abaixo do piso em 2009: R$ 715,68 para o professor sem graduação. Em alguns municípios do estado, o salário base era ainda menor. É o caso de Cabeceiras, com cerca de 7 mil habitantes, localizada no Entorno do DF. A professora Ana Ribeiro de Brito Silva dá aulas na Secretaria Municipal de Educação há 28 anos e se prepara para a aposentadoria. Aos 47 anos, ela recebe um vencimento básico de R$ 589,73. Com complementos e gratificações, o salário líquido chega a R$ 1.421,70. Sem plano de carreira, a docente, que em outrubro conclui a faculdade de pedagogia, recebe praticamente o mesmo do que uma funcionária recém-contratada.
“Sou a funcionária mais antiga da secretaria. Quando comecei a carreira, as classes eram em um espaço que nem era escola. A estrutura era muito precária, dávamos aulas da 1ª a 4ª série de uma vez só e os alunos tinham que dividir o quadro negro. E ainda parávamos a aula no meio para fazer a comida para os estudantes. Tudo era esquentado em cima da pedra, porque nem fogão a lenha existia para nós”, lembra.
Formado em geografia, Sérgio Fernandes dos Santos, 34 anos, é professor em Cabeceiras há 15 anos. Ele recebe um vencimento básico de R$ 778,17 e um salário líquido de R$ 1.279. E também reclama do vencimento. “O dinheiro só dá para o básico e fico quase sempre no vermelho. Não posso nem pensar em viajar com a família nas minhas férias”, diz. Sérgio, que sustenta a esposa e dois filhos, ainda paga R$ 150 mensais para uma pós-graduação.
Projeto
O secretário de Educação de Cabeceiras, Gabriel Félix da Silva, informa que o órgão encaminhará em agosto projeto de lei à Câmara Municipal para adequar os vencimentos dos professores ao piso nacional. “Consideramos as gratificações para chegar ao piso nacional. Mas queremos vincular o piso ao vencimento e criar o plano de carreira do município”, afirma. Segundo o secretário, o objetivo do projeto é incrementar em pelo menos 15% o salário de professores.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Um recado para Horácio
Esta coluna servirá para apresentar algumas questões que discutiremos durante os bate-papos e conversas sobre a Campanha.
Publico Os candidatos tem o direito de utilizar a Internet para pedir votos e arrecadar recursos. O texto aprovado deixou bem claro que não haverá censura na Web.
Assessoria
O Plenário do Senado havia aprovado no dia 16/09/09 as três emendas do Senado sobre as campanhas eleitorais na Internet que foram adicionadas no Projeto de Lei 5498/09. Das três leis incluídas a que chamou mais atenção deixa bem claro que a manifestação do pensamento por meio Internet é livre, proíbe o anonimato durante as campanhas e garante o direito de resposta.
A alteração do texto foi definida em consenso entre líderes do Senado e da Câmara, com o objetivo de frisar que não haverá censura na Internet. O projeto segue agora para sanção presidencial.
Joaquim Fernandes, Consultor de Marketing da agência Criamedia Digital explica que os candidatos poderão usar a Internet para fazer propaganda ou para arrecadar recursos, inclusive por meio de cartão de crédito e demais sistemas de pagamento on-line.
Entretanto, é proibida a propaganda paga, o que leva os candidatos e partidos políticos a utilizar técnicas conhecidas de web marketing como SEO (Search Engine Optimization) otimizando assim os sites e hot sites para os mecanismos de busca, produção e distribuição de vídeos virais (lembram do vídeo Yes, We Can da campanha Barack Obama), fóruns, chats, criação de canais de TV on-line, uso de PODCASTS, sistemas de pagamento on-line para páginas focadas na arrecadação de doações de recursos para as campanhas e muito mais Youtube, Orkut, Blog, Facebook, Twitter... Realmente depois da campanha eleitoral para eleições de 2010 o marketing político no Brasil nunca mais será o mesmo.
Vale ressaltar que outra emenda do Senado aprovada proíbe nas 48 horas que antecedem o pleito ou nas 24 horas posteriores a propaganda eleitoral em meios eletrônicos. Está proibição já existe no Código Eleitoral para a propaganda nas rádios, emissoras de televisão, comícios ou em reuniões públicas.
A Câmara aprovou, também, emenda que acaba com o prazo de 24 horas para o provedor de Internet retirar propaganda considerada irregular por decisão da Justiça Eleitoral. O prazo agora será determinado pela própria Justiça; se não atender à notificação, o provedor poderá ser multado.
Porém, ele somente será considerado responsável pela divulgação da propaganda se for comprovado que tinha conhecimento prévio da publicação do material.
Joaquim Fernandes, consultor de marketing diz sobre o atual cenário. "Nos EUA, enquanto John Mc Cain utilizava a Internet como apenas mais um meio de divulgar sua campanha, Obama focou na natureza viral e democrática na web, e direcionando 2% de sua verba de campanha para mídia social, alcançou o incrível número de 130.000 seguidores no Twitter, 14 milhões de views em seus vídeos no Youtube, além de um grupo no Facebook com 2,3 milhões de membros", finaliza.
http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/campanha-eleitoral-2010-on-line-saiba-o-que-foi-aprovado-pelo-senado-para-campanha-eleitoral-na-internet/27029/
Publico Os candidatos tem o direito de utilizar a Internet para pedir votos e arrecadar recursos. O texto aprovado deixou bem claro que não haverá censura na Web.
Assessoria
O Plenário do Senado havia aprovado no dia 16/09/09 as três emendas do Senado sobre as campanhas eleitorais na Internet que foram adicionadas no Projeto de Lei 5498/09. Das três leis incluídas a que chamou mais atenção deixa bem claro que a manifestação do pensamento por meio Internet é livre, proíbe o anonimato durante as campanhas e garante o direito de resposta.
A alteração do texto foi definida em consenso entre líderes do Senado e da Câmara, com o objetivo de frisar que não haverá censura na Internet. O projeto segue agora para sanção presidencial.
Joaquim Fernandes, Consultor de Marketing da agência Criamedia Digital explica que os candidatos poderão usar a Internet para fazer propaganda ou para arrecadar recursos, inclusive por meio de cartão de crédito e demais sistemas de pagamento on-line.
Entretanto, é proibida a propaganda paga, o que leva os candidatos e partidos políticos a utilizar técnicas conhecidas de web marketing como SEO (Search Engine Optimization) otimizando assim os sites e hot sites para os mecanismos de busca, produção e distribuição de vídeos virais (lembram do vídeo Yes, We Can da campanha Barack Obama), fóruns, chats, criação de canais de TV on-line, uso de PODCASTS, sistemas de pagamento on-line para páginas focadas na arrecadação de doações de recursos para as campanhas e muito mais Youtube, Orkut, Blog, Facebook, Twitter... Realmente depois da campanha eleitoral para eleições de 2010 o marketing político no Brasil nunca mais será o mesmo.
Vale ressaltar que outra emenda do Senado aprovada proíbe nas 48 horas que antecedem o pleito ou nas 24 horas posteriores a propaganda eleitoral em meios eletrônicos. Está proibição já existe no Código Eleitoral para a propaganda nas rádios, emissoras de televisão, comícios ou em reuniões públicas.
A Câmara aprovou, também, emenda que acaba com o prazo de 24 horas para o provedor de Internet retirar propaganda considerada irregular por decisão da Justiça Eleitoral. O prazo agora será determinado pela própria Justiça; se não atender à notificação, o provedor poderá ser multado.
Porém, ele somente será considerado responsável pela divulgação da propaganda se for comprovado que tinha conhecimento prévio da publicação do material.
Joaquim Fernandes, consultor de marketing diz sobre o atual cenário. "Nos EUA, enquanto John Mc Cain utilizava a Internet como apenas mais um meio de divulgar sua campanha, Obama focou na natureza viral e democrática na web, e direcionando 2% de sua verba de campanha para mídia social, alcançou o incrível número de 130.000 seguidores no Twitter, 14 milhões de views em seus vídeos no Youtube, além de um grupo no Facebook com 2,3 milhões de membros", finaliza.
http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/campanha-eleitoral-2010-on-line-saiba-o-que-foi-aprovado-pelo-senado-para-campanha-eleitoral-na-internet/27029/
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